quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

                                        


  Di Cavalcanti começou a fazer ilustrações para a Revista Fon depois da morte do seu pai, em 1914. Estudou Direito e frequentou ao mesmo tempo que estudava o atelier do impressionista George Elpons e torna-se amigo de Mário e Oswald de Andrade, poeta, romancista, crítico de arte e professor universitário.
  Di Cavalcanti foi também um intelectual bem informado sobre as vanguardas artísticas de seu tempo. Em 1921 foi convidado a ilustrar o livro "Balada do Cárcere de Reading", de Oscar Wilde. Em 1923, viajou para a Europa para estudar e conviveu com grandes mestres da pintura, como Picasso, Braque, Matisse e Léger.
  Di Cavalcanti também teve influências de Paul Gauguin, de Delacroix e dos muralistas mexicanos. O contato que teve com o cubismo de Picasso, o expressionismo e outras correntes artísticas de vanguarda, contribuiu para aumentar sua disposição em quebrar paradigmas e inovar na sua arte.
  E foi uma das obras que foram expostas na semana da arte moderna em 1922            by:samira


Emilio Di Cavalcanti



Tela: “Samba” – Di Cavalcanti
óleo sobre tela – 1928
 
    O artista modernista Emilio Di Cavalcanti, pintor e ilustrador nascido no ano de 1897, no Rio de Janeiro, foi um dos principais organizadores da Semana de Arte Moderna de São Paulo, em 1922.
   Retratando com estilo bastante original, o pintor dedicou-se a pintar cenas do cotidiano, dos carnavais, figuras femininas, além de cenas de clara inspiração francesa.
  
O pintor carioca, que também produziu painéis para cenários de teatro e ilustrações, é um marco nas artes gráficas brasileira.

   Pela primeira vez, obras do autor estarão expostas em Pernambuco. A mostra itinerante compõe a agenda do Circuito Cultural Banco do Brasil. Denominada de Di Cavalcanti: Cronista de seu tempo.                                                                                                                               by:samira

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012



Todas Obras de Tarsília Do Amaral.                                           


Chapeu AzulChapéu Azul - Esta tela foi realizada depois de Tarsila frequentar o ateliê de Emile Renard. As telas dessa época possuem uma grande suavidade e uma atmosfera lírica.
Auto-retratoAuto-retrato ou Manteau Rouge - Em Paris, Tarsila foi a um jantar em homenagem a Santos Dumont com esta maravilhosa capa (Manteau Rouge, em francês, significa casaco, manto vermelho). Além de linda, usava roupas muito elegantes e exóticas, e sua presença era marcante em todos os lugares que freqüentava. Depois desse jantar, pintou este maravilhoso auto-retrato.
A NegraA Negra - Esta tela foi pintada por Tarsila em Paris, enquanto tomava aulas com Fernand Léger. A tela o impressionou tanto que ele a mostrou para todos os seus alunos, dizendo que se tratava de um trabalho excepcional. Em A Negra temos elementos cubistas no fundo da tela e ela também é considerada antecessora da Antropofagia na pintura de Tarsila. Essa negra de seios grandes, fez parte da infância de Tarsila, pois seu pai era um grande fazendeiro, e as negras, geralmente filhas de escravos, eram as amas-secas, espécies de babás que cuidavam das crianças.
EFCBEFCB (Estação de Ferro Central do Brasil) - Este quadro foi pintado depois da viagem a Minas Gerais com o grupo modernista. Foi então que Tarsila começou a pintura intitulada Pau-Brasil, com temas e cores bem brasileiros. Esta tela foi pintada para participar da exposição-conferência sobre modernismo do poeta Blaise Cendrars realizada em São Paulo, em junho de 1924.
Carnaval em MadureiraCarnaval em Madureira - Tarsila veio de Paris e passou o carnaval de 1924 no Rio de Janeiro. É curioso ver que ela colocou a famosa Torre Eiffel no meio da favela carioca.
A CucaA Cuca - Tarsila pintou este quadro no começo de 1924 e escreveu à sua filha dizendo que estava fazendo uns quadros "bem brasileiros", e a descreveu como "um bicho esquisito, no meio do mato, com um sapo, um tatu, e outro bicho inventado". Este quadro é também considerado um prenúncio da Antropofagia na obra de Tarsila e foi doado por ela ao Museu de Grenoble na França.
O PescadorO Pescador - Este quadro tem um colorido excepcional e trata de um tema bem brasileiro: um pescador num lago em meio a uma pequena vila com casinhas e vegetação típica. Este quadro foi exposto em Moscou, na Rússia em 1931 e foi comprado pelo governo russo.

Religião BrasileiraReligião Brasileira - Certa vez Tarsila chegou de viagem da Europa, desembarcou no porto de Santos e foi comprar doces caseiros em uma casinha bem simples de pescadores. Ao entrar observou um pequeno altar com vários santinhos, enfeitados por vasinhos e flores de papel crepom. Achou aquilo tão pitoresco e pintou esta maravilhosa tela.
ManacáManacá - Linda tela, com um colorido forte. Esta flor é representada por Tarsila de uma maneira particular, bem típica da obra dela.
AbaporuAbaporu - Este é o quadro mais importante já produzido no Brasil. Tarsila pintou um quadro para dar de presente para o escritor Oswald de Andrade, seu marido na época. Quando viu a tela, assustou-se e chamou seu amigo, o também escritor Raul Bopp. Ficaram olhando aquela figura estranha e acharam que ela representava algo de excepcional. Tarsila lembrou-se então de seu dicionário tupi-guarani e batizaram o quadro como Abaporu (o homem que come). Foi aí que Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e criaram o Movimento Antropofágico, com a intenção de "deglutir" a cultura européia e transformá-la em algo bem brasileiro. Este Movimento, apesar de radical, foi muito importante para a arte brasileira e significou uma síntese do Movimento Modernista brasileiro, que queria modernizar a nossa cultura, mas de um modo bem brasileiro. O "Abaporu" foi a tela mais cara vendida até hoje no Brasil, alcançando o valor de US$1.500.000. Foi comprada pelo colecionador argentino Eduardo Costantini.
O LagoO Lago - Maravilhosa tela da fase Antropofágica, com o colorido e o tema tão típicos de Tarsila. Seu sobrinho Sérgio comprou a tela e permaneceu com ela por muitos anos.
O Ovo ou UrutuO Ovo ou Urutu - Nesta tela temos símbolos muito importantes da Antropofagia. A cobra grande é um bicho que assusta e tem um poder de "deglutição". A partir daí, o ovo é uma gênese, o nascimento de algo novo e esta era a proposta da Antropofagia. Esta tela pertence ao importante acervo de Gilberto Chateaubriand e está sempre sendo exibida em grandes exposições.
A LuaA Lua - Este quadro era o preferido de Oswald de Andrade, seu marido quando pintou a tela. Ele conservou o quadro até sua morte (mesmo já separado de Tarsila).
Cartão PostalCartão Postal - Vemos a lindíssima cidade do Rio de Janeiro nesta tela, que é o maior Cartão Postal do Brasil. O macaco é um bicho Antropofágico de Tarsila que compõe a tela.
AntropofagiaAntropofagia - Nesta tela temos a junção do "Abaporu" com "A Negra". Este aparece invertido em relação ao quadro original. Trata-se de uma das telas mais significativas de Tarsila e o colecionador Eduardo Costantini, dono do "Abaporu", está muito interessado no quadro e já ofereceu uma soma muito alta por ele (que foi recusada pelos atuais donos).


                                           By: Rodrigo

( Update)
Desde algum tempo, Tarsila e Oswald de Andrade vinham entretendo um romance, que acabou em casamento no ano de 1926, verificando-se uma junção de propósitos com o início do Movimento Antropofágico.
Foi então que surgiu o seu mais famoso quadro, o Abaporu, famoso e valioso, pois em um leilão realizado em 1995, nos Estados Unidos, foi arrematado por cerca de um milhão e meio de dólares!
Tarsila pintou o Abaporu para impressionar Oswald. A intenção era criar um ser antropófago e o nome saiu mesmo de um dicionário de tupi-guarani. Não esperava, porém, tamanho impacto. Chamado por Tarsila, Oswald vai ao ateliê nos Campos Elísios e, ao ver o quadro, exclama: «Mas o que é isso ?!» De imediato, telefonou ao amigo Raul Bopp, pedindo-lhe que viesse sem mais demora. É ela que conta:
«Bopp foi lá no meu ateliê, na rua Barão de Piracicaba, assustou-se também. Oswald disse: "Isso é como se fosse um selvagem, uma coisa do mato" e Bopp concordou. Eu quis dar um nome selvagem também ao quadro e dei Abaporu, palavras que encontrei no dicionário de Montóia, da língua dos índios. Quer dizer antropófago.»
O casamento dos dois também foi devorado, pouco tempo depois. Em 1930, Tarsila e Oswald se separaram, seguindo cada um seu próprio destino.



                                                                                                                                   By:Rodrigo

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012


A semana e a Realidade brasileira.


Um dos equívocos mais frequentes das análises da Semana consiste em identificá-la com os valores de uma classe média emergente. Ela foi patrocinada pela elite agrária paulista. E os princípios nela expostos adaptavam-se às necessidades da refinada oligarquia do café. Uma oligarquia cosmopolita, cujos filhos estudavam na Europa e lá entravam em contato com o "moderno". Uma oligarquia desejosa de se diferenciar culturalmente dos grupos sociais. Enfim, uma classe que encontrava no jogo europeísmo (adoção do "último grito" europeu) - primitivismo (valorização das origens nacionais) - que marcaria a primeira fase modernista - a expressão contraditória de suas aspirações ideológicas.                                                       by:samira



Semana da Arte Moderna
História.

No início do século XX alguns intelectuais começam a sentir necessidade de renovação no âmbito artístico e intelectual do país, os quais ainda permaneciam ligados ao conservadorismo academicista e às influencias francesas da belle époque.

O momento político social deste período é bastante conturbado: a Europa vivia grandes avanços tecnológicos, uma industrialização intensa e a pressão do pré e do pós-guerra (Primeira Guerra Mundial – 1914/1918). A classe operária crescente, agora passa a lutar por melhores condições de vida e trabalho, o que acarretará na formação de sindicatos e o fortalecimento das idéias Socialistas de Marx e Engels.

Com o início da Primeira Guerra Mundial, o homem entra em situação de conflito
consigo próprio, o que transforma radicalmente o seu modo de pensar a vida e o mundo.

É nesse período que surgem as chamadas Vanguardas Européias, que são movimentos artísticos radicais que propunham a renovação artística. O Futurismo de Marinetti, disseminado entre os artistas brasileiros através de Oswald de Andrade (após sua viagem de volta da Europa, em 1912), teve grande influência sobre os modernistas brasileiros, especialmente os da primeira geração, dentre os quais os organizadores e participantes da SAM.

No Brasil, o panorama político-social foi marcado por diversos movimentos sociais, que datam do fim do século XIX e início do XX, como a Revolta de Canudos (1896/1897), o fenômeno do Cangaço, o fanatismo religioso - que possui como principal figura Pe. Cícero, do Juazeiro do Norte. Temos também a Revolta da Vacina (1904), da Chibata (1910), as Greves Operárias (1917), entre outros, o que demonstrava a insatisfação popular diante das ações (ou não-ações) por parte do governo. Lembremos que neste período o Brasil vive a chamada República café-com-leite, em que São Paulo e Minas Gerais revezavam-se no poder.

Diante de tal panorama social, alguns intelectuais passam a escrever uma literatura crítica, que denuncia a realidade do país. Euclides da Cunha publica em 1902 sua obra Os Sertões, que revela a realidade sertaneja de total abandono pelo Estado, recorrentes a medidas “arcaicas” como forma de driblar a miséria em que vivem. O autor retrata também os conflitos entre o Exército brasileiro e a comunidade liderada por Antônio Conselheiro, repudiando, ao final da obra, a covardia por parte do Estado. Monteiro Lobato também se destaca nesse período ao retratar a condição miserável do caboclo vale-paraibano (Jeca Tatu), que se intensificou com o fim da cafeicultura na região do Vale do Paraíba.

Ambos os artistas citados acima fazem parte do chamado Pré-modernismo, uma vez que renovam seus temas, que agora tratam da realidade brasileira, porém, preservam o conservadorismo formal (textual), fruto da arte acadêmica. As renovações formais ficarão por conta da primeira geração modernista, que se inicia a partir da SAM, em 1922.





By: Yan

Abaporu - Tarsila do Amaral.


 Este é o quadro mais importante já produzido no Brasil. Tarsila pintou um quadro para dar de presente para o escritor Oswald de Andrade, seu marido na época. Quando viu a tela, assustou-se e chamou seu amigo, o também escritor Raul Bopp. Ficaram olhando aquela figura estranha e acharam que ela representava algo de excepcional. Tarsila lembrou-se então de seu dicionário tupi-guarani e batizaram o quadro como Abaporu (o homem que come). Foi aí que Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e criaram o Movimento Antropofágico, com a intenção de "deglutir" a cultura européia e transformá-la em algo bem brasileiro. Este Movimento, apesar de radical, foi muito importante para a arte brasileira e significou uma síntese do Movimento Modernista brasileiro, que queria modernizar a nossa cultura, mas de um modo bem brasileiro. O "Abaporu" foi a tela mais cara vendida até hoje no Brasil, alcançando o valor de US$1.500.000. Foi comprada pelo colecionador argentino Eduardo Costantini.


By: Yan